30 março 2014

Exposição de Motivos



Prezadas e prezados parceiros,

Hoje segunda-feira as 14 h na Câmara Municipal tentaremos mais uma vez dar importante passo com relação a efetiva criação do "Corredor Parque Gasômetro".
O "Corredor Parque do Gasômetro" está no Plano Diretor de Porto Alegre por trabalho do nosso Viva Gasômetro.  Está no artigo 154 inciso XIII. 
Estamos lutando agora para que a área proposta pelo Executivo Municipal para o "Corredor Parque Gasômetro" seja votada e aprovada na tarde desta  segunda-feira na Câmara Municipal.
A área proposta para o "Corredor Parque Gasômetro" é no mínimo 40%  maior do que a área pensada para o projeto. Além deste importante fato a nova configuração oferecida  pelo Executivo Municipal inclui na área do "Corredor Parque Gasômetro" a área da Usina de Gás Carbonado a verdadeira Usina do Gasômetro, usina datada de 1874 e que a época alimentava os fogões e a iluminação pública. É esta usina que denomina nossa região conhecida por todos como "Gasômetro". Esta Usina é motivo de preocupação nossa como mostra o pedido de  tombamento apresentado a seguir a esta postagem.
Como se não bastasse as notícias mostradas acima o IPHAE, Instituto do Patrimônio Histórico do Estado quer restaurar e ali instalar na Usina de Gás Carbonado o Museu de Antropologia do Rio Grande do Sul.
 Hoje na Usina de Gás Carbonado a "verdadeira" Usina do Gasômetro está localizada uma poluente fabrica de canos do DEP.
Contamos com o apoio de todos e todas comparecendo na Câmara Municipal apoiando que a votação ao projeto proposto pelo Executivo seja aprovada.

Até breve!


Configuração do "Corredor Parque Gasômetro" 
proposta pelo Executivo Municipal

Usina de Gás Carbonado a "verdadeira" Usina do Gasômetro
localizada na atual Washington Luiz antiga Pantaleão Telles.
No mapa apresentado acima a Usina esta localizada na área 
laranja onde esta escrito AREA 1 entre os nºs 01 04 32 até a 
área da rua General Vasco Alves


*Obs.:Ofício entregue ao Compahc -Conselho do Patrimônio Histórico e Cultural de Porto Alegre solicitando o tombamento da Usina de Gás Carbonado.
 Porto Alegre, 5 de março de 2010.
Ao
Conselho do Patrimônio Histórico de Porto Alegre/COMPAHC

Prezados,
Viemos por meio desta solicitar o tombamento da Usina de Gás de Hidrogênio Carbonado cito a Rua Washington Luiz (frente a Câmara de Vereadores) antiga Rua Pantaleão Telles. A edificação data de 1874. 
A Usina de Gás, da então Pantaleão Telles foi que originou o nome Gasômetro, popularmente, o perímetro entre as ruas Pantaleão Telles e General Salustiano era chamado de "volta do Gasômetro”.
A Usina da Pantaleão Telles fornecia gás para iluminação pública e abastecimento de fogões.
Este prédio histórico, localizado no Centro Histórico de nossa cidade, é hoje ocupado por uma fábrica de cimento do DEP.
Acreitamos que a recuperação do prédio da Usina de Gás de Hidrogênio Carbonado será um fator importante na recuperação do Centro Histórico.
Acreditamos também que após recuperado o prédio possa ser palco de diversas atividades entre elas poderá sediar o Memorial do Forum Social Mundial ou até mesmo ser o local de ensaios e apresentações dos importantes grupos teatrais que ensaiavam no Hospital Psiquiátrico São Pedro e que hoje se encontram em difícil situação naquele local.
O projeto que for escolhido para ser sediado no prédio da antiga Usina de Gás Carbonado poderá fazer parceria com a Escola Porto Alegre, escola que proporciona educação e formação para meninos e meninas de rua.
Quanto as atividades hoje desenvolvidas pelo DEP, acreditamos que exista local mais adecuado para exercer suas atividades.
Estamos a disposição para quaisquer esclarecimentos sobre o assunto tratado.

Atenciosamente,


Jacqueline Sanchotene
Movimento VIVA Gasômetro
http://vivagasometro1.blogspot.com.br/2010/03/boas-novas-hoje-pela-manha-protocolamos.html

Do site da Rádio Gaúcha

http://gaucha.clicrbs.com.br/rs/

Vereadores adiam votação do Parque Gasômetro

Matheus Schuch
matheus.schuch@rdgaucha.com.br
Limites da área seriam praças Brigadeiro Sampaio e Júlio Mesquita e o espaço da CEEE
Foto: Bruno Alencastro  / Agencia RBS
A votação do projeto que institui os limites do corredor Parque do Gasômetro, em Porto Alegre, foi suspensa na Câmara de Vereadores. Na sessão desta quarta-feira (26), parlamentares que não concordaram com o modelo que seria aprovado retiraram a presença para impedir a votação. O tema deve voltar à pauta na próxima segunda-feira (31).
A vereadora Sofia Cavedon (PT) está entre os políticos que defenderam o adiamento da votação. Ela não concorda com a retirada de duas emendas de sua autoria: uma delas exige o rebaixamento da Avenida Presidente João Goulart, no trecho entre a orla do Gasômetro e a Praça Júlio Mesquita. A outra proposta é a obrigatoriedade de concurso público para elaboração do projeto do Parque.
- A votação demorar um dia a mais ou um dia a menos não é problema, o problema é o resultado. As pessoas que estão aqui pressionam de forma diferente do que vimos na audiência pública.
O adiamento da votação irritou a coordenadora do Movimento Viva Gasômetro, Jaqueline Sanchotene. Ela defende que a atual configuração do projeto seja aprovada e que os detalhes sobre o desenho do Parque sejam discutidos depois.
- A questão é votar a delimitação, que é muito favorável, de 40% a mais do que a gente planejava. A gente quer garantir esta área e vai continuar batalhando, como estamos fazendo há oito anos. O que aconteceu hoje aqui foi um desrespeito com a população.
A proposta da prefeitura é de que o Corredor Parque Gasômetro abranja o Museu do Trabalho e seu entorno, a Praça Brigadeiro Sampaio, a Praça Júlio Mesquita e uma área delimitada pela Avenida Presidente João Goulart, Avenida Loureiro da Silva, Rua Vasco Alves, Rua Washington Luiz e Rua General Salustiano — incorporando o terreno em frente à Câmara, que pertence atualmente à CEEE e ao município.

"Yoga na Praça" de 30 de março de 2014

Mercedes Bodê,
iniciando a pratica de Yoga

Novamente nossa aula de Yoga foi um sucesso. A cada ação nosso movimento tem se fortificado, mais pessoas se somam.
A nossas instrutoras de Yoga Mercedes Bodê e Clotildes Daitx nosso muito obrigada!
Domingo que vem tem mais!
Até breve!

29 março 2014

Domingo 10h30min tem "Yoga na Praça"

Em o tempo permitindo teremos mais um programa "Yoga na Praça" sempre na praça Júlio Mesquita próximo as goleiras.

Nesta edição mais uma vez a aula será ministrada pela instrutora Mercedes Bodê.

Então vocês já sabem! Todas e todos na Júlio Mesquita na manhã de domingo!

Até breve!

Jornal Metro Porto Alegre de 27 de março de 2014



20140327_br_portoalegre
20140327_br_portoalegre
metro brazil

28 março 2014

Jornal do Almoço "especial" do aniversário de Porto Alegre dia 26 de março!



Pessoal!

Quarta-feira dia 26 de março, dia do aniversário de  242 anos de Porto Alegre, uma de nossas conquistas no Plano Diretor da cidade  foi retratada no Jornal do Almoço, para quem não assitiu publicizamos o link com a matéria:http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/jornal-do-almoco/videos/t/edicoes/v/projeto-para-o-inicio-da-implantacao-do-parque-do-gasometro-sera-votado-nesta-quarta-feira/3239855/.
Foi um dos mais belos programas que o Jornal do Almoço produziu. Nos sentimos orgulhosos pelo reconhecimento de  nossa luta. Obrigada Jornal do Almoço!

Parque Gasômetro 
Foto: Tonico Alvares/Câmara PoA



27 março 2014

Jornal do Comércio CÂMARA DE PORTO ALEGRE Notícia da edição impressa de 27/03/2014

Votação sobre Parque do Gasômetro é adiada

Foto: Antonio Paz/JC

Demora na apreciação fez com que público deixasse as galerias

Guilherme Darros

Quando a sessão de ontem teve início, por volta das 14h, boa parte das galerias do Legislativo estava ocupada por ativistas e membros de entidades ligadas ao projeto do Parque do Gasômetro. A presidente do Movimento Viva Gasômetro, Jacqueline Sanchotene, estava ansiosa pela votação. “É uma luta de oito anos, fomos 12 vezes na tribuna popular, fizemos ações culturais e foi uma batalha honesta, sem prejudicar ninguém”, salientou Jacqueline. A possível rejeição de algumas emendas, conforme orientação do Executivo para os vereadores da base aliada, não preocupava o movimento. “A gente lamenta, mas a batalha vai continuar”, afirmou. 
Conforme a tarde ia passando e outras matérias iam sendo votadas, o público aos poucos foi diminuindo, sendo que, durante a votação do projeto, restavam poucas pessoas acompanhando a sessão. Questionado sobre o motivo para o projeto do parque não ter sido prioridade, o presidente da Câmara, Professor Garcia (PMDB), justificou que havia projetos importantes a serem votados na sessão das Comissões Conjuntas. “São situações atípicas. É um recurso de R$ 64 milhões para o Executivo. Se não for votado hoje (ontem), está sujeito a ser perdido”, exclamou. 
O aceno do líder do governo, Airto Ferronato (PSB), de que iria retirar sua emenda que visava à inclusão da Usina do Gasômetro e das docas do Cais Mauá no projeto irritou alguns presentes. A porto-alegrense Tânia Faillace, que diz não ser ligada a nenhuma entidade específica, criticou a atitude. “O vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB) deixou isso claro (que manteria as emendas) na audiência pública. Essa é a posição do governo”, disse Tânia.
Ferronato recuou e disse que iria retirar somente o trecho das docas, mantendo a Usina, o que acalmou os ânimos dos presentes. 
Quando a matéria começou a ser discutida, às 18h, a expectativa era grande, mas foi frustrada quando, na hora da votação da emenda nº 1, a bancada do PT retirou o quórum. Os parlamentares deixaram o plenário sob vaias e gritos de “vergonha” e pedidos de respeito com o povo.

Oposição retira quórum para evitar aprovação de emenda da base 
Fernanda Nascimento

A
A votação do projeto de lei complementar (PLC) 30/2013, que institui o Parque do Gasômetro, foi adiada, novamente, ontem. Prevista para o início da tarde, a análise da matéria só começou às 18h e acabou encerrada menos de uma hora mais tarde, por falta de quórum – apesar da presença de 26 vereadores, sete mais do que o mínimo necessário para a votação. A retirada do quórum foi uma estratégia dos vereadores de oposição, que apostam na presença de um público maior na próxima sessão, segunda-feira, tanto da população quanto de integrantes da própria oposição, para a aprovação das cinco emendas apresentadas.
O encerramento da sessão aconteceu após a tentativa de votação da primeira emenda ao projeto, de autoria do presidente da Câmara, Professor Garcia (PMDB). A proposta do peemedebista é de que a praça Júlio Mesquita (um dos locais incluídos nos limites do parque) não seja utilizada como estacionamento. Por se tratar de um PLC, a matéria precisaria de maioria absoluta dos vereadores. Como a bancada do PP e o vereador Márcio Bins Ely (PDT) manifestaram intenção de rejeitar a matéria, a oposição retirou o quórum.
“Precisamos garantir pelo menos esta emenda e, como não garantiríamos isso hoje (ontem), retiramos o quórum. O que faz diferença não é que a votação seja realizada agora ou na semana que vem, mas sim o resultado”, afirmou a vereadora Sofia Cavedon (PT). Além da emenda de Garcia, outras quatro emendas deverão ser discutidas e votadas antes do projeto do Executivo. Duas são de autoria de integrantes do PT: uma prevendo o rebaixamento da avenida João Goulart, ligando o parque do Gasômetro à Orla do Guaíba e a outra determinando a realização de um concurso público para a elaboração do projeto de revitalização do local.
O líder do governo na Câmara, Airto Ferronato (PSB), é autor de outras duas propostas: a que inclui a Usina do Gasômetro nos limites do Parque do Gasômetro – de acordo com o governo a inclusão não pode ser realizada porque a Usina já está inserida no Parque da Harmonia. A outra emenda prevê que o planejamento urbanístico da área deverá priorizar os pedestres e pessoas com necessidades de locomoção especiais. O PT incluiu uma subemenda nesta proposta, estabelecendo que a manutenção do ambiente natural também deverá ser considerada na revitalização do espaço. Ferronato chegou a incluir em uma das emendas a proposta de inclusão de uma das docas do Cais nos limites do parque, mas foi orientado pelo governo de que o local pertence ao Cais Mauá e pode atrapalhar o projeto de revitalização do espaço. “Não podemos engessar o projeto”, explicou.
O texto original do governo estabelece apenas que o parque terá como limites as praças Brigadeiro Sampaio, Júlio Mesquita e a área que atualmente é propriedade da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), entre a rua Washington Luiz e a avenida João Goulart, em frente à Câmara. De acordo com a revisão do Plano Diretor, sancionada em 2010, a definição dos limites do parque deveria ter sido enviada ao Legislativo no fim de 2011. A matéria só chegou aos vereadores em dezembro de 2013, após o polêmico corte de árvores no entorno da Usina do Gasômetro para a duplicação da avenida Beira-Rio e a reivindicação de movimentos sociais. Na época, a matéria não foi votada a pedido de militantes, que querem o rebaixamento da avenida João Goulart e pediram a realização de uma audiência pública. O encontro foi realizado na segunda-feira passada, mas o governo sinalizou que orientará a base para rejeitar o pedido de rebaixamento.

Site: Câmara Municipal 26/03/2014

Câmara Municipal de Porto Alegre



Camarapoa / Imprensa / Notícias
26/03/2014 
Foto: Leonardo Contursi
Falta de quórum adiou apreciação da matéria para a próxima segunda-feira

Plenário

Votação do Parque do Gasômetro é adiada

A votação do projeto de lei do Executivo que propõe a instituição do Corredor Parque do Gasômetro, no Centro Histórico da Capital, foi interrompida no começo da noite desta quarta-feira (26/3) por falta de quórum. Com isso, a votação deve ser retomada na sessão ordinária da próxima segunda-feira (31/3). O projeto do Executivo chegou à Câmara Municipal no dia 6 de dezembro de 2013 e prevê a delimitação física do Corredor, bem como os objetivos de estruturação e qualificação da área, em especial nos espaços naturais e de preservação do patrimônio cultural.

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)

                               
Participantes e simpatizantes do Viva Gasômetro!

Ontem novamente a um importante passo de nossa luta foi adiado. A votação da conquista da demarcação da área sugerida pelo Executivo Municipal foi adiada para a próxima segunda-feira as 14h. Então pessoal todos e todas lá!
De positivo de todo esses episódios é que estamos aprendendo a lutar como leões , e também que a cada dia crescem o número de participantes do Viva Gasômetro. MUITO BOM!
Então vocês já sabem segunda as 14h todos e todas na Câmara Municipal!

Abraços,

Jacqueline Sanchotene
Coordenadora

26 março 2014

Do site da Câmara Municipal

Câmara Municipal de Porto Alegre
Camarapoa / Imprensa / Notícias
26/03/2014 
Foto: Tonico Alvares
Parque terá duas áreas

Meio ambiente

Parque do Gasômetro deve ser votado nesta quarta-feira

projeto de lei do Executivo que propõe a instituição do Corredor Parque do Gasômetro, no Centro Histórico da Capital, deverá ser o primeiro projeto a ser discutido e votado na Ordem do Dia da sessão ordinária desta quarta-feira (26/3), a partir das 14 horas, no Plenário Otávio Rocha. A garantia foi dada pelo presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereador Professor Garcia (PMDB), segunda-feira (24/3) à noite, durante a audiência pública promovida pelo Legislativo e que debateu, no plenário Otávio Rocha, o projeto que prevê a criação do Corredor. projeto do Executivo chegou à Câmara Municipal no dia 6 de dezembro de 2013 e prevê a delimitação física do Corredor, bem como os objetivos de estruturação e qualificação da área, em especial nos espaços naturais e de preservação do patrimônio cultural.

Durante a audiência, ambientalistas e moradores da Capital voltaram a defender a necessidade de que a proposta inclua um artigo prevendo o rebaixamento da pista da Avenida Presidente João Goulart, a fim de garantir a segurança dos frequentadores do futuro Parque, que desta forma não precisariam utilizar uma passarela ou outro tipo de travessia para acessar a orla do Guaíba. O Executivo municipal, no entanto, demonstra resistência em aceitar a inclusão do gravame da passagem de nível no projeto.

Presentes à audiência, o vice-prefeito, Sebastião Melo, e o líder do governo na Câmara, vereador Airto Ferronato (PSB), defenderam que se vote e aprove, na quarta-feira próxima, apenas a delimitação física da área do Corredor Parque do Gasômetro, como prevê o projeto de lei enviado à Câmara pelo Executivo. Eles entendem que a decisão sobre o rebaixamento ou não da pista só poderá ser tomada em outra etapa, após amplos estudos técnicos. Melo disse ainda que o governo municipal aceita discutir outra reivindicação dos moradores: a possibilidade de extinção do estacionamento na Praça Julio Mesquita, previsto no projeto original do Executivo.

Se o projeto do Executivo for aprovado sem alterações, o espaço público do Corredor, cuja criação está prevista no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental, ficará dividido em duas áreas. A primeira compreende o Museu do Trabalho e seu entorno, a Praça Brigadeiro Sampaio, junto à Rua dos Andradas, a Avenida Siqueira Campos, a Rua General Portinho e a Avenida Presidente João Goulart. Na outra, na região da Praça Júlio Mesquita, o alcance chega na Avenida Siqueira Campos, Rua Vasco Alves, Rua Washington Luiz, Avenida Presidente João Goulart, General Salustiano e Avenida Loureiro da Silva. De acordo com o vice-prefeito, os governos municipal e estadual estão ainda em tratativas para que uma área pertencente à Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) seja incluída à área física do Parque. O acordo com o governo do Estado, segundo Melo, se daria pela permuta de imóveis do Município. A antiga usina de gás, imóvel tombado e que atualmente está sendo ocupado pelo Departamento Esgotos Pluviais (DEP), também deverá ser integrado à área prevista para o novo Parque.

Opiniões

Para a coordenadora do Movimento Viva Gasômetro, Jacqueline Sanchotene, a proposta do Executivo deve ser aprovada, pois prevê inclusive um aumento da área verde inicialmente planejada para o Parque, além da instalação do Museu Antropológico do RS e outras instituições e equipamentos culturais. Já o presidente da Agapan, Alfredo Gui Ferreira, defende alterações no projeto. Ele entende que há um desafio em fazer com que a cidade se desenvolva em harmonia, de forma a manter diferentes tradições culturais, paisagens e ambientes. "É preciso integrar o espaço do Parque com passagem continuada. Não queremos uma via expressa para automóveis no nível do solo, pois o Parque deve ser destinado às pessoas, à fauna e à flora."

A vereadora Sofia Cavedon (PT) lembrou que, na revisão do PDDUA, uma emenda aprovada já continha o desenho do rebaixamento previsto para a Avenida João Goulart. "É preciso que o parque priorize o pedestre, a cultura, o lazer e o encontro das pessoas." Para Marcelo Kalil, integrante do Massa Crítica, a experiência mostra que o alargamento de vias descongestiona o trânsito apenas por alguns meses. "Depois, os engarrafamentos de veículos retornam. Paris, por exemplo, está retirando uma via expressa na orla do rio Sena." Para Kalil, uma área verde cortada por uma via, como proposto no projeto do Executivo, não pode ser considerado um parque. "O governo municipal quer duplicar a via agora e, futuramente, aterrá-la. Isso é irresponsabilidade e desperdício de dinheiro público."

O vereador Marcelo Sgarbossa (PT) reclamou que o Executivo municipal não mostrou o projeto e defendeu que o rebaixamento da via seja incluído na proposta. "Não tenho ilusões de que o que foi discutido nesta audiência será levado em conta pelo governo. Gostaria que a prefeitura apresentasse dados que demonstrassem a estimativa de fluxo automóveis naquela região para daqui a cinco ou dez anos, mas não temos nenhuma resposta sobre isso. Não precisamos ficar engessados a uma ideia "rodoviarista" de cidade." Para Flávio Sachs, do movimento Quantas Copas Por Uma Copa, estudos provam que alargamentos de vias fazem o trânsito piorar. "A decisão sobre o alargamento da Avenida João Goulart não pode ser baseada em "achismo", sem estudos de demanda e medição do fluxo de carros que passam por hora naquela via. Se ela for alargada, a sinaleira será mantida e aumentará a confusão no trânsito." 

25 março 2014

Jornal do Comércio CÂMARA DE PORTO ALEGRE Notícia da edição impressa de 25/03/2014

Votação do Parque do Gasômetro será nesta quarta-feira
Lideranças comunitárias querem integrar praças à orla do Guaíba
Fernanda Nascimento
GILMAR LUÍS/JC
Ativistas ocuparam galerias para discutir os limites da área verde em audiência pública
Ativistas ocuparam galerias para discutir os limites da área verde em audiência pública
A discussão sobre a criação do Parque do Gasômetro deve ser concluída nesta semana. Depois de audiência pública realizada ontem à noite na Câmara Municipal de Porto Alegre, os vereadores devem votar a matéria amanhã – vereadores do PT devem entregar pedido solicitando que a matéria seja apreciada em sessão noturna.

Duas reivindicações pautaram a reunião de consulta à população: a proibição de estacionamento nas praças que vão formar o parque e o rebaixamento da avenida João Goulart, de forma que a área verde seja integrada ao entorno da Usina do Gasômetro.

O projeto de lei 20/2013, encaminhado pela prefeitura, estabelece como limites do Parque do Gasômetro as praças Brigadeiro Sampaio, Júlio Mesquita e a área que atualmente é propriedade da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), entre a rua Washington Luiz e a avenida João Goulart, em frente à Câmara.

Cerca de 70 pessoas participaram da audiência pública. A presidente do Movimento Viva Gasômetro, Jacqueline Sanchotene, foi a primeira liderança comunitária a se manifestar. Ela fez um histórico do trabalho da associação pelo parque e demonstrou apoio ao projeto. “Os entes envolvidos estão apontando soluções que nos deixam satisfeitos, pois aumentam as áreas verdes. Apelamos aos 36 vereadores que aprovem esta proposta do Executivo”, afirmou. Integrantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae) e da Banda Municipal de Porto Alegre também manifestaram apoio à iniciativa.

O tom começou a mudar com a intervenção de Joel Santana, da Secretaria de Estado da Cultura, que pediu o rebaixamento da via para interligar as praças e a orla do Guaíba. Na sequência, o presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Alfredo Gui Ferreira, seguiu na mesma linha. “É preciso deixar a continuidade física para pedestres e transportes não mobilizados dentro dos parques”, defendeu. Ferreira empolgou a plateia ao afirma que “os moradores não querem via expressa para automóveis, este espaço deve ser destinado à preservação”.

Também houve críticas ao alargamento da avenida João Goulart, parte do projeto de duplicação da avenida Beira-Rio. Ativistas também criticaram a falta de resposta do Executivo aos questionamentos da população.

“Como vamos ter uma praça com uma via expressa no meio? A tendência mundial é oposta do que está sendo feito em Porto Alegre. A tendência é de retirar vias e nós estamos construindo. E a quem interessa duplicar uma via para depois rebaixá-la? Às empreiteiras. Toda esta obra é uma irresponsabilidade”, afirmou o integrante do movimento Mobicidade Marcelo Kalil.

“Gostaria que as audiências públicas tivessem peso nas decisões. Viemos aqui, falamos, escutamos, mas as coisas continuam da mesma forma como estavam previstas pelo governo”, reclamou o militante Flávio Saes, do Quantas Copas por uma Copa.

Último orador da noite, o vice-prefeito, Sebastião Melo (PMDB) – que era para fazer a primeira intervenção, mas falou ao final porque se atrasou para o encontro – explicou como será o parque e disse que assuntos que não dizem respeito ao traçado da área verde “serão analisados posteriormente, nos projetos que vão conceber o parque”.

Emendas de vereadores atendem a reivindicações da comunidade

A criação do Parque do Gasômetro foi aprovada em 2009 pela Câmara Municipal durante a revisão do Plano Diretor, sancionada em 2010 pelo prefeito José Fortunati (PDT). Entretanto, os limites da área verde precisam ser regulamentados em uma lei específica.

O tema só emergiu após a polêmica do corte de árvores na praça Júlio Mesquita para a conclusão das obras de duplicação da avenida Beira-Rio, em fevereiro de 2013. Depois de o Ministério Público ingressar com uma ação e impedir, em caráter liminar, o corte de alguns vegetais que restaram no local, o Executivo começou a negociação para delimitar o parque.

O projeto foi enviado a Câmara em dezembro de 2013 e chegou a entrar na pauta de votação, mas acabou sendo retirado após apelo de movimentos sociais, que afirmaram não terem sido ouvidos na elaboração da matéria.

Além do projeto do Executivo que delimita o parque, os vereadores deverão apreciar três emendas, que atendem às reivindicações levantadas por lideranças comunitárias na audiência pública de ontem à noite.

A primeira, de autoria do presidente da Câmara, Professor Garcia (PMDB), estabelece o impedimento do uso da Praça Júlio Mesquita como estacionamento – ao contrário do que prevê o projeto de revitalização da orla do Guaíba, do arquiteto Jaime Lerner, contratado pela prefeitura.

A segunda emenda, de autoria da vereadora Sofia Cavedon (PT), estabelece a previsão de rebaixamento da avenida João Goulart. E a terceira, de autoria da bancada do PT, prevê a realização de concurso público para a revitalização do parque. O Executivo já determinou que a base do governo rejeite todas as emendas.

Os vereadores Sofia Cavedon e Marcelo Sgarbossa, ambos do PT, defenderam as emendas na audiência. Reginaldo Pujol (DEM) e Airto Ferronato (PSB) pregaram a aprovação imediata da proposta.

Apesar das críticas fortes de ativistas e da exposição de opiniões contraditórias, o clima da reunião seguiu cordial até a participação do vereador Alceu Brasinha (PTB), que classificou as emendas como “puxadinho que estraga projeto”. Ainda lembrou as vaias ao arquiteto Jaime Lerner na audiência publica em que ele apresentou o projeto revitalização da orla. “Foi um desrespeito com um dos maiores arquitetos do mundo”. Brasinha ainda declarou que o “governo municipal não traiu a população na questão das árvores, quem traiu foi a Brigada Militar, do Tarso Genro”.

Fonte: Rádio Guaíba on line 25/03/2014 06:59 - Atualizado em 25/03/2014 07:24


Câmara deve votar Parque do Gasômetro nesta quarta-feira

Projeto delimita área para efetivar região de lazer no Centro Histórico de Porto Alegre

Audiência pública debateu o projeto  Crédito: Ederson Nunes / CMPA / CPFoto:
Audiência pública debateu o projeto Crédito: Ederson Nunes / CMPA / CP
A Câmara dos Vereadores deverá votar, nesta quarta-feira, o projeto de lei do Executivo que propõe a instituição do Corredor Parque do Gasômetro, no Centro Histórico da Capital. A garantia foi dada pelo presidente da Casa, vereador Professor Garcia (PMDB), nesta segunda-feira, durante a audiência pública promovida pelo Legislativo que debateu, no plenário Otávio Rocha, o projeto.

Durante a audiência, ambientalistas e moradores da cidade voltaram a defender a necessidade de que a proposta inclua o rebaixamento da pista da avenida Presidente João Goulart, a fim de garantir a segurança dos frequentadores do futuro Parque. O Executivo municipal, no entanto, mostra resistência em aceitar prever o gravame da passagem de nível ainda no projeto a ser votado na quarta-feira, pois entende que uma decisão sobre esse assunto só poderá ser tomada em outra etapa, após amplos estudos técnicos.

O espaço público, cuja criação está prevista no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental, deverá compreender o Museu do Trabalho e seu entorno, a Praça Brigadeiro Sampaio e a área delimitada pela Avenida Presidente João Goulart, Avenida Loureiro da Silva, Rua Vasco Alves, Rua Washington Luiz e Rua General Salustiano, incluindo a totalidade da Praça Júlio Mesquita.

De acordo com a presidente do Viva Gasômetro, Jacqueline Sanchotene, o projeto apresentado pela prefeitura atende às solicitações do movimento, com o acréscimo da área do “verdadeiro Gasômetro”. “Nós recebemos uma nova perspectiva com o parque. O prédio que chamamos de Usina do Gasômetro na verdade era uma termoelétrica de carvão. Este prédio onde está o DEP era a usina de gás carbonado, a Usina do Gasômetro”, explicou.

Nossa fala da Audiência Pública de 24 de março de 2014 sobre o "Corredor Parque Gasômetro"


Jacqueline Sanchotene
Coordenadora
Foto Ederson Nunes/CMPA

Era dezembro de 2006 quando um grupo de moradores de Porto Alegre se reuniu próximo à praça  Júlio Mesquita no centro da cidade para formar o Movimento Viva Gasômetro.
Durante quatro anos o Viva Gasômetro promoveu ações culturais na praça Júlio Mesquita sempre aos terceiros sábados do mês, levando cinema, música e outras formas de manifestações culturais para a população. Foram aproximadamente 50 ações dos “terceiros sábados culturais”.
Há cerca de um ano e meio o Viva Gasômetro oferece nas manhãs de domingo – na mesma praça Júlio Mesquita- yoga para  a população em geral. As instrutoras de Yoga, Mercedes Bodê e Clotildes Daitx,  de reconhecida capacidade na cidade, trabalham de forma voluntaria. A ação de Yoga estamos somando as aulas de Chi Kung-milenar técnica chinesa de auto-conhecimento- através da parceria com a instrutora Lúcia Moraes.
Mas foi no ambiente político da cidade onde o Viva Gasômetro obteve maior reconhecimento.
Desde maio de 2007, quando se iniciou na cidade a reformulação do Plano Diretor os integrantes do Viva Gasômetro passaram a  tratar das questões que dizem respeito a “estrutura da cidade”.
Lutaram e conseguiram inserir quatro emendas ao Plano Diretor de Porto Alegre.
Uma dessas emendas prevê a criação do “Corredor Parque Gasômetro”.
Inúmeras reuniões foram realizadas com os mais diversos órgãos do município na tentativa de levar melhorias para nossa região.
Na Câmara Municipal ocupamos o espaço Tribuna Popular por 12 vezes e por uma vez o espaço conhecido como PC Temático. Nos espaços ocupados  defendemos a efetiva criação das conquistas que obtivemos junto a Reformulação do Plano Diretor. Todas estas manifestações foram cobertas pela imprensa e estão amplamente documentadas nos anais da Câmara Municipal.
Entre a conquista no papel e a efetivação  das mesmas sabemos existe um longo caminho.
Continuamos na luta para que o “Corredor Parque Gasômetro” seja criado.
Nos últimos meses os entes envolvidos tem se mostrado comprometidos em solucionar a questão e apontam algumas soluções que a nós do Viva Gasômetro deixam satisfeitos pois aumenta a área verde inicialmente pensada para o “Corredor Parque Gasômetro” e inclui na solução do  impasse a  anexação(e recuperação)a área do “Corredor Parque Gasômetro” da  área da Usina de Gás Carbonado a “verdadeira Usina do Gasômetro”. Para completar a notícia o IPHAE/Instituto do Patrimônio Histórico do Estado quer ali instalar o Museu de Antropologia do Rio Grande do Sul. O IPHAN/Instituto do Patrimônio Histórico Nacional aponta com recursos para que isto aconteça. 
Pelos motivos apontados acima fazemos apelo aos trinta e seis vereadores desta casa para que aprovem a nova delimitação proposta pelo Executivo Municipal para o “Corredor Parque Gasômetro”.
Nos colocamos a disposição de cada uma das senhoras vereadoras e dos senhores vereadores para maiores esclarecimentos das questões referentes a efetiva criação do “Corredor Parque Gasômetro”.

Obrigada,

Jacqueline Sanchotene
Coordenadora
Movimento Viva Gasômetro

23 março 2014

Segunda-feira as 19h todos na Câmara Municipal!

Prezados, Prezadas,

Após sete anos de luta do Movimento Viva Gasômetro e a  vitória com a inclusão do
conhecido "Parque no Gasômetro" no Plano Diretor de Porto Alegre e a sanção da
emenda por parte do Executivo Municipal , chegou a hora da Audiência Pública.

Na Audiência Pública que acontecerá nesta segunda-feira as 19h* na Câmara Municipal queremos contar com o apoio de todos se manifestando a favor da configuração para o "Corredor Parque do Gasômetro" que o Executivo Municipal oferece. 

A nova configuração para o "Corredor Parque Gasômetro" prevê uma área maior do que
 a pleiteada inicialmente por nosso movimento. Além disso prevê a inclusão da antiga
"Usina de Gás Carbonado" a verdadeira Usina do Gasômetro (motivo de preocupação 
nossa a mais de quatro anos) cito a Rua Washigton Luiz frente a Câmara Municipal.
 Para complementar a boa notícia o IPHAE/Instituto do Patrimônio Histórico do Estado
quer ali instalar o Museu de Antropologia do Estado. O IPHAN/Instituto do Patrimônio
Histórico Nacional aponta com recursos para que isto aconteça. 

Queremos contar também com o apoio de todos vocês comparecendo e convocando o
maior número de pessoas para estarem presente no momento da Audiência Pública. 

As ações acima nos deixarão mais fortes e assim poderemos aprovar a nova configuração prevista para o "Corredor Parque Gasômetro".  

A votação que definirá se a configuração agora oferecida pelo Executivo Municipal será
a definitiva deverá acontecer em até dois dias após a Audiência Pública.

Mais informações sobre nossas lutas favor no nosso blog http://vivagasometro.blogspot.com
ou a nossa página no facebook https://www.facebook.com/vivagasometro.movimento?fref=ts

Então vamos lá!  Todos na Câmara Municipal  nesta segunda-feira a noite!


Atenciosamente,


Jacqueline Sanchotene
Coordenadora
Movimento VIVA Gasômetro

Usina de Gás Carbonado a "verdadeira" Usina do Gasômetro, datada
 de 1874 e que determinou o nome a nossa região.


Nossa aula de CHI KUHG com a instrutora Lúcia Moraes


Nilza

Victória, amiguinha e Júlia Crippa


Aula de Chi Kung


Aula de Chi Kung


Lúcia e a lua ao fundo!


Nossa aula de CHI KUHG com a instrutora Lúcia Moraes estava uma delícia! Tivemos "visitas" das queridas Júlia e Victória Karolina Crippa acompanhada de amiguinha. Também tivemos a Nilza fazendo CHI KUHG sentanda em sua cadeirinha. 

22 março 2014

Domingo 10h30min todos na Praça Júlio Mesquita!


Neste domingo nosso programa "Yoga na Praça" mais uma vez proporcionará aula de CHI KUHG com a instrutora Lúcia Moraes(de bermuda na foto).

O que é CHI KUNG?




O Chi Kung é uma das práticas físicas criadas na China para a harmonização da energia do corpo atingindo a homeostase. Acredita-se que grande parte das doenças são originadas pelo desequilíbrio, portanto são prescritos exercícios de Chi Kung como prevenção e também para auxiliar no tratamento de certas doenças. O Chi Kung é um exercício que procura aliar a respiração a um determinado estado mental (intenção) explorando portanto a força da própria mente.

É muito importante que as pessoas pratiquem os exercícios regularmente para a manutenção de um estado equilibrado, saudável.

Através do estudo do Chi Kung há a possibilidade de classificar uma patologia, segundo os critérios da Medicina Tradicional Chinesa, e desenvolver uma série personalizada de exercícios para ser praticada em casa, além das sessões individuais as quais as pessoas podem comparecer.

16 março 2014

Hoje na Praça Júlio Mesquita!


A aula de hoje de manhã " bombou". Domingo que vem tem mais! Não esqueçam é só aparecer!

Abraço e FELICIDADES!

15 março 2014

Domingo 10h30min tem "Yoga na Praça" na Júlio Mesquita frente a Usina


Pessoal!

Vocês já sabem, mas não custa lembrar domingo é dia de "Yoga na Praça".

Desta vez a  instrutora será a Clotildes Daitx.

Apareçam!

Abraços!

11 março 2014

Coluna Jornal do Centro


"Escrevo esta coluna impactada pelas mortes do Eduardo Coutinho e do Nico Nicolaiewsky.

A morte do Coutinho -de uma estupidez galopante- deixou a todos nós que temos ligação com o cinema brasileiro atônitos*. A morte do Nico deixou todo o Rio Grande enlutado.
Com o Coutinho tive a oportunidade de conviver no Rio de Janeiro -um tanto ranzinza- era um gênio no seu metier, sem dúvida o nosso maior documentarista.
Com o Nico, estranhamente não convivi a não ser nas vezes em que assisti  Tangos e Tragédias quando este estava “incorporado” do Maestro Pletskaya, mas me sentia próxima dele talvez por ter sido colega no colégio da sua mulher a atriz Márcia do Canto e pela proximidade que tenho com o Hique Gomes o personagem Kraunus Sang do Tangos.
Duas mortes que parecem não ter sentido, parecem não ter explicação...
Ainda atônitos recebemos  a notícia da morte do cinegrafista Santiago Andrade, ferido em uma manifestação no Rio de Janeiro.
Manifestações estas que dizem ser feitas por movimentos sociais, movimentos que teoriamente, estão preocupados com a sociedade, preocupados com o outro.
Qual a explicação destes manifestantes para o final trágico de Santiago Andrade? Qual o conforto que estes manifestantes-que fazem uso da força- para esta família que deixou enlutados quatro filhos e uma viúva?
Viver em sociedade é enxergar o outro, respeitar suas lutas conviver e tentar compor com estes.  É recorrer as instituições e dentro destas travar verdadeiras batalhas.
Gritos, agressões, xingamentos, nos parece coisa de quem perdeu o bico e a mãe não quer mais alcançar, então choram sapateiam e se atiram ao chão.
A este  diríamos Não levanta tua voz melhora teu argumento,  diríamos também melhora tua luta, se é que ela existe.
Jacqueline Sanchotene
Coordenadora
Movimento Viva Gasômetro"