29 outubro 2013

Ela voltou!

Mercedes Bodê

Clotildes Deix

A idealizadora e coordenadora do programa de Yoga do Viva Gasômetro, Mercedes Bodê, retornou de viagem a Índia. Em sua viagem a Índia, Mercedes procurou enriquecer ainda mais seus conhecimentos em Yoga e meditação já vastos pelos mais de trinta anos como instrutora de Yoga.

Neste fim de semana a coordenação do Viva Gasômetro esteve reunida com Mercedes Bodê e com a nossa também instrutora de Yoga, a querida Clotildes Deix.  Na ocasião foi decidido que retomaremos nossas aulas de Yoga na Praça Júlio Mesquita no próximo domingo, dia 10 de novembro  às 10h. 

Aguardamos todos vocês na praça Júlio Mesquita no próximo domingo.

Abraços!

Felicidades!

28 outubro 2013

Matéria Sul 21

SUL21

Projeto de delimitação do Parque Gasômetro avança e nova reunião na quinta oficializará traçado

Samir Oliveira

Por Ramiro Furquim/Sul21

Delimitação do parque ainda precisa se transformar em um projeto de lei | Por Ramiro Furquim/Sul21
A prefeitura de Porto Alegre realiza na quinta-feira (24) mais uma reunião para tratar da delimitação do Parque Gasômetro. No último encontro, ocorrido no dia 16, ficou acertado que a nova área verde do Centro Histórico compreenderá as praças Brigadeiro Sampaio e Júlio Mesquita, além de um terreno da CEEE localizado entre a Avenida João Goulart e a Rua Washington Luiz, em frente à Câmara Municipal.
A prefeitura vem realizando reuniões com a promotoria de defesa do Meio Ambiente do Ministério Público, o movimento Viva Gasômetro, vereadores e técnicos das secretarias envolvidas no assunto. O traçado acertado no último encontro será oficializado em um documento georreferenciado na próxima reunião.
Entretanto, há várias queixas em relação ao processo. Entidades como o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-RS) e a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) reclamam que não estão sendo chamadas para compor as negociações. Além disso, a criação do Parque Gasômetro colide com outro projeto previsto para a região: a revitalização da orla do Guaíba.
Apresentada em uma audiência pública nesta segunda-feira (14), a proposta construída pelo escritório do arquiteto Jaime Lerner prevê a instalação de um estacionamento na praça Júlio Mesquita – coração do novo parque a ser criado. Os movimentos comunitários e sociais envolvidos nas negociações contestam a medida. Por enquanto, a prefeitura afirma que o primeiro passo é definir a área ocupada pelo Parque Gasômetro para, em seguida, elaborar os equipamentos públicos que ele conterá.
 | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Parque Gasômetro seguirá contorno do aeromóvel | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
A promotora Ana Maria Marchezan, que vem acompanhando o caso, afirma que o objetivo é “outorgar uma área ao Parque Gasômetro que tenha ganhos do ponto de vista territorial”. Neste sentido, existe a cobrança junto ao governo do estado para que ceda um terreno que pertence à CEEE e que é cotado para ser a sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado e do Museu Antropológico do Rio Grande do Sul.
Para a promotora, a praça Júlio Mesquita não pode abrigar o estacionamento previsto no projeto de revitalização da orla do Guaíba. “Somos contrários a isso e temos ressalto nossa posição nas reuniões”, confirma. Ana Maria afirma que a prefeitura tem sido “razoavelmente” aberta a discutir a extinção do estacionamento.
IAB-RS defende que projeto de construção do parque seja escolhido mediante concurso público
Na audiência pública promovida na segunda-feira (14) para debater o projeto de revitalização da orla do Guaíba, uma das principais críticas era no sentido de que a contratação do escritório de Jaime Lerner havia sido feita sem concorrência. Na ocasião, a prefeitura de Porto Alegre entendeu que a empresa poderia prestar o serviço por ter “notório saber” a respeito do tema.
Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21
Thiago Holzmann, do IAB-RS, critica estacionamento na praça Júlio Mesquita | Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21
O IAB-RS criticou o método de escolha e defende que ele não se repita mais na cidade. O presidente da entidade, Thiago Holzmann, cobra que o Parque Gasômetro seja construído através de um projeto contratado por um concurso público. Além disso, ele também entende que não existe necessidade de se construir um estacionamento na praça Júlio Mesquita.
“Ficou explícito o rechaço da população a este estacionamento. É uma área que já está muito bem servida de transporte coletivo e fica próxima ao Centro. É importante que sejam criadas ciclovias, não podemos privilegiar um estacionamento em um parque”, considera.
Parque Gasômetro está assegurado pelo Plano Diretor e existe no papel desde 2010
Liderança do movimento Viva Gasômetro, Jacqueline Sanchotene explica que o Parque Gasômetro foi uma iniciativa da comunidade do Centro Histórico aprovada de forma unânime pela Câmara Municipal em outubro de 2009, através de uma emenda ao novo Plano Diretor da cidade. O texto foi sancionado pelo prefeito José Fortunati (PDT) em 22 de julho de 2010 – datando, desde este período, a existência oficial do parque.
Mas desde então o equipamento público não conseguiu sair do papel. A Câmara deveria ter elaborado uma legislação complementar em até 18 meses para formatar concretamente o parque, o que nunca chegou a ocorrer. Por isso, atualmente a expectativa é que a prefeitura remeta um projeto ao Legislativo delimitando a extensão da nova área verde do Centro Histórico.
"O projeto do Parque Usina do Gasômetro foi uma emenda nossa ao Plano Diretor e entra em conflito com esta iniciativa que nos pegou desavisados", diz Movimento Viva Gasômetro./ Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Jacqueline Sanchotene, do movimento Viva Gasômetro, explica origem do parque | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Jacqueline também é contrária à construção de um estacionamento na praça Júlio Mesquita e defende a instalação de trincheiras subterrâneas para a passagem de carros. Ela reforça que as reuniões que vêm sendo realizadas não são definitivas e que, posteriormente, demais entidades poderão opinar sobre o processo. “Esses encontros têm sido feitos para apontarmos o georreferenciamento do parque. Defendemos que ele seja construído por meio de concurso público, aí a população poderá opinar”, entende.
“Necessidade de estacionamento é pauta para um segundo momento”, diz engenheiro da prefeitura
O engenheiro Rogério Baú, vinculado à Secretaria Municipal de Gestão, é um dos responsáveis pela estruturação do Parque Gasômetro em Porto Alegre. Ele afirma que, neste momento, os técnicos estão definindo apenas o traçado da área e não os equipamentos que ela terá.
“Precisa ficar claro que o que está sendo encaminhado agora é a definição dos limites do parque. O que ele irá conter ou a necessidade de um estacionamento e de passarelas é pauta para um segundo momento e envolverá conversações entre secretarias e a comunidade”, explica.
Para o engenheiro, a criação do parque “depende fundamentalmente” do governo estadual, já que uma área reivindicada para estrutura é de propriedade da CEEE. “As negociações estão avançando no sentido de o estado aceitar (ceder o terreno)”, assegura.

Rogério informa que, após a área do parque ser delimitada e oficializada, a prefeitura deverá enviar um projeto de lei à Câmara Municipal. A partir daí, serão trabalhados os detalhes a respeito da construção do parque.

22 outubro 2013

Reunião de hoje na Câmara Municipal



Dra. Andreia Oberrather, SMURB e Jaqueline Sanchotene, Viva Gasômetro

Câmara Municipal de Porto Alegre
Camarapoa / Imprensa / Notícias
22/10/2013 
Foto: Tonico Alvares
Grupo de trabalho discute o projetoFrancisco Jorge Vicente, secr. geral do governo; Dr. Thiago Duarte e vice-prefeito Sebastião Melo
Foto: Tonico Alvares
Projeto cria o Parque do Gasômetro

Presidência

Acordo pode definir área do Parque do Gasômetro em novembro

A proposta de um acordo de permuta entre áreas do Estado e do Município, feita pelo representante da Secretaria Geral do Governo gaúcho, Chico Vicente, pode contribuir para a definição de uma proposta de lei que estabeleça o traçado do Parque do Gasômetro, criado por lei municipal de autoria do vereador Carlos Comassetto (PT). Presente ao encontro do grupo de trabalho que estuda adequações à lei e ao projeto de mobilidade do entorno, coordenado pelo presidente do Legislativo, vereador Dr. Thiago Duarte (PDT), o prefeito em exercício, Sebastião Melo, destacou, no entanto, que parte das áreas arroladas na proposta original de Comassetto devem ser revistas. “Não devemos mexer em espaços consagrados como o do estacionamento do Gasômetro, que está gravado no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, assim com a área posterior à Usina, que está integrada ao projeto Cais do Porto, já negociada e com todas as liberações para ter início”, disse Melo.

O prefeito em exercício cobrou a presença dos vereadores que integram o GT na reunião desta terça-feira. “É importante que estejam aqui para que depois não digam que foram excluídos do debate.” Com a concordância de Jacqueline Sanchotene, presidente do Viva Gasômetro, Dr. Thiago destacou que todos os parlamentares foram avisados, “inclusive na sessão plenária da segunda-feira (21/10)”. Se fechado o acordo, a previsão de Melo é que, no próximo encontro, possa ser feita a redação do projeto que marcará o novo traçado.

O corpo técnico da prefeitura apresentou uma nova proposta de traçado, que envolveria a área considerada canteiro central entre as avenidas Loureiro da Silva e Washington Luis. Neste local, além de uma estação de tratamento do Dmae, haveria uma escola e uma área que pertenceria à Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), avaliada em R$ 25 milhões. A proposta do governo do Estado é de que haja a troca por dois terrenos onde se situam subestações da CEEE, e que seriam do município, além de uma compensação de dívida de IPTU, próxima de R$ 7,5 milhões, da área onde se situa a Central Estadual de Abastecimento (Ceasa). Vicente, no entanto, sugeriu que fossem verificadas as condições reais de propriedade e ônus das áreas, de acordo com suas respectivas matrículas no registro de imóveis.

Uma nova reunião foi marcada para o dia 5 de novembro, às 10h30min, no Salão Nobre Dilamar Machado, no Palácio Aloísio Filho, sede do Legislativo. Também participaram da reunião servidores técnicos do Executivo municipal e representantes do Incra e do Ministério Público Estadual.

Texto: Milton Gerson (reg. prof. 6539)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)

18 outubro 2013

Ótima matéria do Jornal do Comércio 18/10/2013

GASÔMETRO Notícia da edição impressa do JC de 18/10/2013

Projetos da orla e do Parque divergem sobre uso de praça

Movimento pede que estacionamento não seja criado na área
Jessica Gustafson
JONATHAN HECKLER/JC
Local para os carros ficaria limitado à área da estrutura do aeromóvel
O Parque do Gasômetro, previsto desde a revisão do Plano Diretor de Porto Alegre, sancionada em 2010, deveria ter sido instituído por meio de lei complementar que estipularia a delimitação dos espaços que o comporiam. No Plano Diretor, somente ficou definido, em seu artigo 154, que ele deverá, no mínimo, incluir a orla do lago Guaíba até a ponta do Cais Mauá, o Museu do Trabalho e seu entorno e as praças Brigadeiro Sampaio e Júlio Mesquita, mas  o detalhamento geográfico nunca foi feito. Nesta semana, um novo elemento entrou em discussão: o projeto executivo para a revitalização da orla do Guaíba desenvolvido pelo arquiteto paranaense Jaime Lerner, que propõe a utilização da praça Júlio Mesquita como estacionamento, indo na contramão da preservação pretendida quando da criação do Parque do Gasômetro. A forma como será construído não foi explicada na audiência pública em que o projeto foi detalhado por Lerner, mas, segundo o arquiteto e coordenador do projeto Viva o Centro da prefeitura, Glênio Bohrer, a área para veículos seria limitada ao espaço do aeromóvel.

Um comitê formado recentemente continua a discussão sobre a demarcação geográfica da área verde do Parque do Gasômetro. Entre as reivindicações do movimento Viva Gasômetro, que trabalha pela proteção do local, está a suspensão do projeto do estacionamento, tendo em vista que a área do parque já será diminuída com a duplicação da avenida Beira-Rio. “Desde a revisão do Plano Diretor estamos tentando que a lei complementar seja criada para tratar desta delimitação, que compreende a Júlio Mesquita. A prefeitura está ciente disso, mas o Lerner eu não sei. Acredito que essa ideia do estacionamento não será colocada em prática”, afirma a presidente do Viva Gasômetro, Jacqueline Sanchotene.

O vice-prefeito da Capital, Sebastião Melo, ressalta que existem duas questões distintas. Uma delas é sobre o Parque do Gasômetro, que trata de uma construção entre coletividade e poder municipal e que está em fase de negociação. Segundo ele, a ideia é fazer uma interligação entre as praças Brigadeiro Sampaio e Júlio Mesquita e a área em frente à Câmara de Vereadores, que é dividida entre o município e a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE). “No projeto de Jaime Lerner, a ideia é tirar o estacionamento atual do Gasômetro e passar para a praça Júlio Mesquita. Eu não sei os detalhes, se ele será subterrâneo ou não, mas é preciso pensar no conjunto da obra. Se eu tiro um estacionamento de um local, eu estou revitalizando para o uso público, então deve-se olhar o conjunto”, diz Melo.

O arquiteto Bohrer diz que a previsão não é de um estacionamento subterrâneo, mas de um espaço delimitado na praça Júlio Mesquita, embaixo da estrutura do aeromóvel. De acordo com ele, no momento da concepção do projeto, esta praça foi entendida como porta de entrada para a orla e por isso foi incorporada. No geral, essa troca traria um ganho na organização estética do espaço. “No local, serão construídos uma quadra esportiva, um deque para dar mais acessibilidade e espaço para o lazer, além de uma fonte voltada para o outro lado da via. Isso significa reurbanizar o espaço com as características do projeto apresentado. O estacionamento será para poucas vagas, que seriam assimiladas na área do aeromóvel”, diz. A retirada das estruturas do aeromóvel não está contemplada na proposta, mas Bohrer acredita que isso possa ser discutido futuramente.


JAIME LERNER ARQUITETOS ASSOCIADOS/DIVULGAÇÃO/JC

17 outubro 2013

Jornal do Comércio de hoje!


Banda Municipal é Patrimônio Histórico e Cultural da Capital- Sessão ordinária -16/10/2013

Parabéns aos integrantes da Banda Municipal. A todos nosso caloroso abraço!

Verea
Em 2013, a Banda Municipal de Porto Alegre completa 88 anos de fundação. Em votação unânime na tarde desta quarta-feira (16/10), a Câmara Municipal aprovou projeto de lei do vereador Bernardino Vendruscolo (PROS) que declara a instituição como bem integrante do Patrimônio Histórico e Cultural do Município. Segundo ele, o projeto atende uma solicitação da Associação da Banda Municipal de Porto Alegre (Abampa). “A capital dos gaúchos e gaúchas e dos que a escolheram para viver não pode prescindir de uma Banda que traz, em sua bagagem, quase um século de história e superação ligada intrinsecamente à vida cultural da cidade e de seu povo”, afirma o parlamentar.
Um dos momentos mais bonitos do Movimento Viva Gasômetro, foi a inauguração do Muro da Praça Júlio Mesquita, com a apresentação da Banda Municipal
Logo após sua fundação em 1925, pelo então Intendente Otávio Rocha, a Banda Municipal vem sofrendo um histórico de sucessivos desmontes. 
Sob protesto da população, o sucessor de Otávio Rocha resolveu manter a Banda, ainda que com efetivo reduzido para 42 instrumentistas.  Em 1950, a Banda Municipal teve seu quadro ainda mais reduzido: 32 músicos. Posteriormente, quando Orquestra Sinfônica de Porto Alegre foi fundada, a Banda foi incorporada a esta. E, em 1957, os cargos de seus componentes foram declarados excedentes, o que significou na prática sua extinção.
Quase 20 anos depois, em 1976, a Prefeitura voltou a avaliar o significado da Banda para a vida cultural da cidade. E a Banda Municipal foi reinstituída em caráter experimental.  Em, 1988, com a criação da Secretaria Municipal de Cultura, a Banda foi incorporada ao órgão. 

16 outubro 2013

Matéria Jornal do Comércio

TCE analisa projeto para avalizar licitação

Somente o 1,5 km do projeto do escritório de Jaime Lerner custará R$ 60 milhões à prefeitura da Capital -
 Jessica Gustafson - Jornal do Comércio

Estacionamento para barcos e bar circular flutuante são algumas das novidadesJAIME LERNER ARQUITETOS ASSOCIADOS/DIVULGAÇÃO/JC
Apresentado na íntegra na noite de segunda-feira em audiência pública na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, o projeto de revitalização da Orla do Guaíba, desenvolvido pelo escritório do arquiteto paranaense Jaime Lerner, encanta os olhos dos porto-alegrenses. Entretanto, por não ter sido fruto de concurso público, não se consegue definir se este é realmente o melhor projeto para o local e nem se o custo é o mais acessível. A contratação, feita pela prefeitura por meio do chamado notório saber, pagou ao escritório R$ 2,1 milhões pelo projeto executivo de 1,5 km – valor informado pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) -, e tem sido muito criticada. Atualmente, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) analisa 4,5 mil itens da proposta.

Somente esse trecho de 1,5 km, considerado prioritário e que vai da Usina do Gasômetro até a Rótula das Cuias, custará R$ 60 milhões para ser executado. A revitalização total contemplará 5,9 km de Orla, indo desde a Usina até a foz do arroio Cavalhada. O Secretário de Desenvolvimento de Assuntos Especiais do município, Edemar Tutikian, afirma que o projeto já passou por todas as comissões da prefeitura e que espera poder lançar a licitação em breve. “O atraso ocorreu porque o projeto é mais profundo do que se imaginava inicialmente”, explica. Atualmente, o TCE analisa a proposta e somente depois disso será lançada a concorrência.

O presidente do IAB/RS, Tiago Holzmann da Silva, diz que não é possível afirmar se o valor pago ao escritório é muito ou pouco para um projeto deste porte, pois não foi divulgada em que tabela de honorários o cálculo se baseou. Contudo, para ele, essa é uma maneira errada de contratação, pois levanta suspeitas. “Por que esse valor? Por que esse arquiteto? Por que dessa maneira?”, questiona. No entendimento do instituto, uma contratação deste porte deveria ser realizada por concorrência pública.

Em um concurso público, como proposto pelo IAB gaúcho, o arquiteto é escolhido pela qualidade do seu trabalho. Além disso, as regras de contratação são preestabelecidas. “Dessa forma, o processo é transparente, com um edital para qualquer pessoa consultar e com um valor máximo estabelecido, independentemente do vencedor”, explica Silva. Para ele, a realização de um concurso é a certeza de que se tem um projeto bom e que a obra será bem executada.

Lerner afirmou, em entrevista coletiva antes da audiência pública, que o seu escritório se envolveu neste projeto durante dois anos e meio, com o objetivo de dar forma ao que a prefeitura entendia como sendo a vontade dos porto-alegrenses: a criação de um parque intensamente utilizado pela população. Sobre a contratação por notório saber, o arquiteto diz que se sente muito confortável. “Já estive dos dois lados. Já fui prefeito e governador e sei que determinadas obras, mais específicas, são objeto de concurso. Existem outras obras em que o desenvolvimento do projeto ocorre no processo, sendo muito difícil definir antes. O normal, neste caso, é contratar uma equipe de confiança. Sobre a escolha do nosso nome, cabe à prefeitura”, ressalta Lerner.

Previsão da prefeitura era de concluir trecho neste ano

Ainda nesta semana, Tutikian deve responder a alguns questionamentos levantados pelo TCE. Somente depois que o tribunal analisar o projeto e forem feitos os ajustes é que será aberta a licitação que vai definir a empresa que realizará a obra, com duração de cerca de dez meses. A previsão inical da prefeitura era concluir a primeira parte da revitalização já em 2013.

O projeto prevê um terminal turístico de barcos, calçadão, ciclovia, banheiros, quadras esportivas, instalação de bancos e quiosques e um bar sobre a água. Também está prevista a instalação de iluminação que permita o uso da orla à noite e um piso formado por bolinhas de gude que refletirão a luz do sol.

Entidades se opõem a estacionamento em praça

Em abril de 2012, a prefeitura deu início à tramitação do projeto executivo da primeira parte a ser revitalizada. Entre os pontos importantes divulgados pela administração municipal, que só foram explicados detalhadamente na segunda-feira, está a reurbanização total da praça Júlio Mesquita, que fica em frente à usina. O que está descrito como reurbanização é, na realidade, a criação de um estacionamento.

Jacqueline Sanchotene, presidente do movimento Viva Gasômetro, disse que a utilização da praça como estacionamento é inadmissível. O presidente do IAB gaúcho, Tiago Holzmann da Silva, também criticou a ideia. Para ele, esta é uma das praças mais importantes da cidade, com uso intenso pela comunidade. No antigo estacionamento, que fica ao lado do centro cultural, está prevista uma área de lazer.

Link para a notícia: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=137257

15 outubro 2013

Nossas atividades

Foto: Vicente Carcuchinski-Câmara Municipal
 Audiência pública14/10/2013
Projeto de Revitalização da Orla do Guaíba

Nos últimos dias participamos de diversas atividades em prol de melhorias do Gasômetro e entorno. Entre as atividades participamos da Audiência Pública sobre o "Projeto Orla" na Câmara Municipal.

A seguir reproduziremos a fala de nossa coordenadora em nome do Viva Gasômetro:

"Boa noite,

Nossa fala será dirigida ao Arquiteto Jaime Lerner. Arquiteto Lerner, nosso movimento o Viva Gasômetro é formado prioritariamente por moradores do Gasômetro. Nasceu em 16 de dezembro de 2006 em função do lixo acumulado na Praça Júlio Mesquita. Nosso movimento não tem formação jurídica, existe de fato não de direito, não tem sede nos reunimos na Praça Júlio Mesquita.
Apesar de nossa aparente fragilidade temos participado ativamente da construção da cidade. Entre outras ações conseguimos aprovar quatro emendas a Revisão do Plano Diretor, duas delas diretamente ligadas a região em questão.
Nossas emendas foram construídas com os Vereadores e as Vereadoras desta casa especialmente com o Ver. Comassetto. Nossas emendas estão abrigadas  no artigo 154 incisos XIII e XXI e são respectivamente as emendas que criam o "Largo Cultural do Gasômetro" e o "Corredor Parque Gasômetro".

Nossas  preocupações quanto ao projeto Orla são as seguintes:

a) O carácter elitista que o projeto parece ter;
b) Onde serão instalados os "quiosqueiros" que hoje trabalham no Gasômetro?
c) A feira de artesanato que acontece aos domingos continuará a existir?
d) Estacionamento na Praça Júlio Mesquita;

Não podemos aceitar o estacionamento previsto para "nossa" praça. Admiramos o trabalho do arquiteto Lerner, mas a forma mais correta de um projeto para uma área pública nos parece que seja através de concurso público.

E por fim dizer que acreditamos que a Orla será efetivamente revitalizada será quando todos nós pudermos tomar banho no Guaíba.

Obrigada por mais esta oportunidade de nos fazermos ouvir nesta casa".

Maiores informações sobre esta audiência pública no site da Câmara Municipal http://www.camarapoa.rs.gov.br/

10 outubro 2013

Matéria do site da Câmara Municipal

Câmara Municipal de Porto Alegre
Camarapoa / Imprensa / Notícias
10/10/2013 
Foto: Desirée Ferreira
Luta pela criação do Corredor Parque do Gasômetro começou em 2006

Presidência

Câmara e Viva Gasômetro reúnem-se com Smurb na próxima quarta-feira

O presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereador Dr. Thiago Duarte (PDT), esteve reunido, na manhã desta quinta-feira (10/10), no Salão Nobre Dilamar Machado, com a promotora de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre, Ana Maria Marchesan, representantes da Prefeitura, do Incra e a presidente do Movimento Viva Gasômetro, Jacqueline Sanchotene.

Durante o encontro, foi agendada uma reunião na Secretaria Municipal de Urbanismo (Smurb), na próxima quarta-feira (16/10), às 14 horas, para discutir o georreferenciamento e delimitar o Parque Corredor do Gasômetro. Segundo a presidente do Movimento Viva Gasômetro, “o secretário vai informar o tamanho e a forma do parque. Depois de várias reuniões, estamos satisfeitos com o que está sendo construído aqui”, salientou. Um grupo de trabalho pretende visitar a região na próxima semana para levar ao secretário sugestões para a criação do parque. 

O Movimento Viva Gasômetro quer que a Prefeitura inclua a orla do Guaíba até a ponta do Cais Mauá, o Museu do Trabalho, as Praças Brigadeiro Sampaio e Júlio Mesquita e a Usina de Gás Carbonado ao Parque Corredor do Gasômetro. 

Texto: Guga Stefanello (reg.prof. 12.315)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)