Diretrizes do Parque do Gasômetro são discutidas
Movimentos cobram integração de praças com o entorno da Usina
Fernanda Nascimento
OCIMAR PEREIRA/PMPA/JC
A primeira reunião do grupo de trabalho que discute a criação e uso do Parque do Gasômetro aconteceu nesta semana. Com a presença da prefeitura e alguns movimentos sociais, o encontro discutiu as sugestões para o local e foi um espaço de questionamentos ao Executivo quanto às questões legais e à viabilidade das ações
propostas.
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O grupo tem 90 dias para apresentar os resultados.
A reunião foi comandada pelo secretário de Urbanismo, Cristiano Tatsch (PMDB), mas o grupo terá a supervisão do vice-prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (PMDB). De acordo com Tatsch, o primeiro encontro serviu para “ouvir demandas e preocupações”. “Colhemos dados para que se faça efetivamente o projeto e em 90 dias possamos entregar uma proposta em relação ao parque. Pontos importantes, como a titularidade das áreas que compõem o parque, a preservação de espaços e questões de vizinhança foram levantadas e serão verificadas pelos técnicos da prefeitura sobre a viabilidade”, informou.
A diretora do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphae), Miriam Rodrigues Sartori, afirmou que o órgão pediu celeridade da prefeitura na negociação com o governo do Estado sobre a permuta da área que é de propriedade da CEEE e integra o parque – localizada entre a rua Washington Luiz e a avenida João Goulart, em frente à Câmara.
O local abriga a antiga Usina de Gás de Hidrogênio Carbonado e deverá ser sede do futuro Museu de Antropologia do Rio Grande do Sul. “Precisamos definir as diretrizes para a ocupação do espaço. E para que se possa restaurar a usina e efetivar o museu é preciso que as áreas sejam do município.” De acordo com Miriam, o Iphae também propõe que o estacionamento localizado no mesmo espaço se torne uma biblioteca.
O próximo encontro ainda não tem data para acontecer.
O Parque do Gasômetro tem como limites a Usina do Gasômetro, as praças Brigadeiro Sampaio, Júlio Mesquita e a área que atualmente é propriedade da CEEE. O espaço estava previsto desde a revisão do Plano Diretor, sancionada pelo prefeito José Fortunati (PDT) em 2010, mas não tinha um regramento específico definindo seus limites e usos.
O tema emergiu após a polêmica do corte de árvores na praça Júlio Mesquita, para a conclusão das obras de duplicação da avenida Beira-Rio, no início de 2013. O projeto chegou à Câmara de Porto Alegre no fim do ano passado e foi aprovado em março.
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