A Escola Municipal de
Ensino Fundamental Porto Alegre, também conhecida como EPA,
completou 17 anos nesta quinta-feira. Situada no Centro Histórico,
na Rua Washington Luiz, a escola atende jovens em situação
de rua e de vulnerabilidade social e faz o importante papel de
reinserção na sociedade.
A comunidade participou da comemoração |
Em reconhecimento à
importância do trabalho, o Movimento Viva Gasômetro
integrou os jovens da EPA nas atividades de Cinema realizadas aos
sábados na Praça Júlio Mesquita, abrindo espaço
para a exposição dos trabalhos de cerâmica e
cartonagem, realizados pelos alunos. Além de outras ações
conjuntas, como a parceria na realização de palestras e
oficinas para os jovens.
Inclusive
uma das bandeiras levantadas pelo Viva Gasômetro, teve início
na Escola Porto Alegre: o pedido de tombamento da Usina de Gás
Carbonado. A EPA está situada ao lado da usina, hoje usada
como fabrica de cimento pelo Departamento de Esgotos Pluviais. E foi
a direção da Escola que atentou para a importância
do local.
Trata-se
da verdadeira Usina do Gasômetro. A usina hoje conhecida como
Usina do Gasômetro, que data de 1928, era movida a carvão.
Já a Usina de Gás Carbonado, data de 1874, e era em seu
entorno que a população da época ia observar o
pôr do sol. Em função desta usina é que o
local ficou conhecido como volta do Gasômetro.
A Coordenadora do Viva Gasômetro assinou a lista de presença feita de argila pelos alunos da EPA |
Sobre
a EPA
Fundada
para acolher jovens em situação de vulnerabilidade
social, adota o mesmo modelo de ensino das turmas de Educação
de Jovens e Adultos (EJA), sendo oferecidas todas as matérias
do currículo normal, com destaque para a disciplina de artes,
que tem função interdisciplinar e serve como ensino
profissionalizante e arteterapia.
Criada em
1994 com o nome de “Escola Aberta do Centro”, começou suas
atividades nas ruas do Centro Histórico, enquanto seu prédio
estava em construção. Após um ano de
funcionamento, mudou-se para o atual espaço físico em
30 de agosto de 1995 – data comemorada oficialmente como a de
fundação. Ainda naquele ano, teve escolhido seu nome
atual, sugerido por aluna em concurso.
Segundo a
diretora Maria Beatriz Osório Stumpf, a instituição
conta atualmente com 23 professores e 114 alunos, de 15 a 30 anos,
que vivem em situação de rua, em abrigos, na Fundação
de Atendimento Sócio-Educativo (Fase), entre outros casos. Já
foram formadas quatro turmas no Ensino Fundamental, todas a partir de
2009.
Sobre
o pedido de Tombamento
A
comunidade entende que o aproveitamento da verdadeira Usina do
Gasômetro para fins culturais resgatará parte da
história da cidade. Por isso, o Movimento Viva Gasômetro
fez o pedido de tombamento da Usina de Gás Carbonado, em de
março de 2010, ao Conselho Municipal do Patrimônio
Histórico (COMPACH). O protocolo foi repassado à Equipe
do Patrimônio Histórico (EPAHC), onde o pedido
encontra-se em análise desde então.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.